Em agosto, os indicadores de confiança dos consumidores e de sentimento económico aumentaram na Área Euro (AE), de forma ténue no primeiro caso. No mesmo mês, os preços das matérias-primas e do petróleo apresentaram variações em cadeia de 7,6% e 0,3%, respetivamente (4,6% e 5,4% em julho).
Em Portugal, não considerando médias móveis de três meses (ver secção seguinte), a atividade económica tem vindo a registar reduções expressivas mas progressivamente menos intensas entre junho e agosto. O indicador de confiança dos Consumidores aumentou em agosto, após ter diminuído no mês anterior, tendo o indicador de clima económico continuado a recuperar em agosto, à semelhança dos três meses anteriores, das fortes reduções verificadas em abril. Os indicadores de confiança aumentaram em todos os sectores de atividade, de forma mais expressiva nos Serviços e no Comércio, recuperando também na Construção e Obras Públicas e na Indústria Transformadora.
O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco diminuiu 8,1% em agosto, em termos homólogos, após ter diminuído 9,7% em julho. As vendas de veículos automóveis registaram taxas de variação homóloga de -0,1% nos automóveis ligeiros de passageiros, -40,5% nos comerciais ligeiros e -7,2% nos veículos pesados (-17,6%, -19,4% e 67,3% em julho, respetivamente).
De acordo com as estimativas mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, situou-se em 8,1% em julho, mais 0,8 pontos percentuais (p.p.) que o valor definitivo registado em junho (6,3% em abril e 6,5% em julho de 2019). A taxa de subutilização do trabalho situou-se em 15,7%, mais 0,2 p.p. que no mês anterior (12,9% no período homólogo de 2019). A estimativa da população empregada (15 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, diminuiu 3,5% em termos homólogos, mas cresceu 0,1% face ao mês anterior (variação homóloga de -3,4% em junho).
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi nula em agosto (variação de 0,1% em julho), observando-se uma taxa de variação de -0,1% na componente de bens (-0,2% no mês anterior) e de 0,1% na componente de serviços (0,6% em julho).
Apesar das circunstâncias determinadas pela pandemia COVID-19, o INE apela à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas na resposta às solicitações do INE. A qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia COVID-19, depende crucialmente dessa colaboração que o INE antecipadamente agradece.