O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento indica que 9,5% das pessoas viviam em alojamentos com sobrelotação em 2019, valor ligeiramente inferior ao de 2018 (9,6%). A sobrelotação da habitação afetava principalmente os residentes na região do Algarve (17,8% dos residentes) e na Região Autónoma dos Açores (15,7%).
Cerca de 4,1% dos residentes viviam em condições severas de privação habitacional, ou seja, para além de sobrelotado, o alojamento em que viviam tinha pelo menos um dos seguintes problemas: não existência de banho ou duche ou de sanita com autoclismo no interior do alojamento, infiltrações ou humidade no teto, paredes, janelas ou soalho; luz natural insuficiente num dia de sol.
A carga mediana das despesas em habitação foi de 11,0% em 2019, menos 0,7 p.p. que no ano anterior.
A taxa de sobrecarga das despesas em habitação, ou seja a percentagem de pessoas que vivem em agregados familiares em que o rácio destas despesas em relação ao rendimento é superior a 40%, foi de 5,7% em 2019, idêntico ao registado em 2018. A proporção de pessoas afetadas pela sobrecarga das despesas com a habitação é mais elevada na região do Algarve, na Área Metropolitana de Lisboa e na Região Autónoma dos Açores.