Desde a realização do primeiro recenseamento da população, o conteúdo dos censos tem registado muitas alterações. Algumas variáveis são recolhidas desde 1860, como o sexo, a idade ou o estado civil, enquanto outras foram sendo incluídas ou excluídas de acordo com a importância da temática ao longo do tempo. Contudo, nas últimas operações censitárias o número de variáveis recolhidas tem aumentado de forma significativa, o que se traduziu num aumento da carga estatística sobre os cidadãos, em maior complexidade, custos de recolha mais elevados e em processamentos mais morosos. O processo de modernização dos Censos 2021 passa também por alterações ao nível do conteúdo a observar. Assim, como resultado do processo formal desta análise, para os Censos 2021 foram introduzidas três novas variáveis (“Anos de residência no alojamento”; “Apoio ao arrendamento”; “Motivo de imigração para Portugal”), suprimidas outras observadas no passado e outras, ainda, reformuladas.
De salientar que o processo de avaliação do conteúdo a observar nos Censos 2021 teve em atenção os seguintes aspetos:
· As necessidades dos utilizadores nacionais, expressas no âmbito do processo de consulta pública, enquadradas de acordo com os critérios de relevância
· As exigências internacionais, nomeadamente as que constam do Regulamento (CE) Nº. 763/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos recenseamentos da população e habitação e dos respetivos regulamentos de execução
· A carga estatística sobre a população
· Os aspetos operacionais e a metodologia de recolha
· A consistência com a série histórica dos recenseamentos portugueses.
A informação sobre esta temática e sobre todo o programa de ação dos Censos 2021 está disponível no Portal do INE - Subsite “Censos” (página de entrada)> “Censos 2021” – “Operação Censos 2021” – “Censos 2021: Programa de Ação dos Censos 2021” (PDF).