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A mortalidade em Portugal no contexto da pandemia COVID-19 - Semanas 1 a 35
Óbitos por semana
Dados preliminares 2020
A mortalidade em Portugal no contexto da pandemia COVID-19 - Semanas 1 a 35
18 de setembro de 2020

Resumo

Entre 2 de março, data em que foram diagnosticados os primeiros casos com a doença COVID-19 em Portugal, e 30 de agosto, registaram-se 57 971 óbitos em território nacional, mais 6 312 óbitos do que a média, em período homólogo, dos últimos cinco anos. Destes, 1 822 foram devido à COVID-19.
O aumento dos óbitos, registado a partir de março de 2020, atingiu um pico na semana 15 (6 a 12 de abril), reduzindo-se gradualmente até ao fim do período de Estado de Emergência (3 de maio). No final de maio voltou a verificar-se novo pico na mortalidade, retornando aos valores de anos anteriores nas semanas 24 e 25 (8 a 21 de junho). A sobremortalidade relativamente à média do período homólogo atingiu o máximo na semana 29 (13 a 19 de julho), registando-se um excedente de mortalidade de cerca de 800 óbitos.
Do total de óbitos no período 2 de março a 30 de agosto, ocorreram 28 400 óbitos de homens e 29 391 de mulheres, mais 2 597 e 3 715 óbitos, respetivamente, em relação à média de óbitos observada no período homólogo de 2015-2019.
Mais de 70% dos óbitos foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos. Comparativamente com a média de óbitos observada em período homólogo de 2015-2019, morreram mais 5 518 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 4 371 com 85 e mais anos.
O maior acréscimo no número de óbitos relativamente à média 2015-2019 registou-se na região Norte, com exceção da última semana de junho e as primeiras de julho em que este acréscimo foi superior na Área Metropolitana de Lisboa.
Embora a maior proporção de óbitos tenha sempre ocorrido em estabelecimento hospitalar, a proporção de óbitos em domicílio e outro local foi, a partir de 2 de março, superior à média de 2015-2019, atingindo na semana 12 (16 a 23 de março) 46,1% do total de óbitos nessa semana.

Apesar das circunstâncias determinadas pela pandemia COVID-19, o INE apela à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas na resposta às solicitações do INE. A qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia COVID-19, depende crucialmente dessa colaboração que o INE antecipadamente agradece.


Destaque
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